Uma escola plenamente consciente da mais-valia educativa do seu tempo e uma televisão pujante e volátil mais respeitadora de uma inteligente divisão de tarefas entre meios formativos diferenciados podem constituir a combinação mais explosivamente produtiva para uma nova educação, aberta aos desafios do futuro e capaz de protagonizar os superiores desígnios da Humanidade.
Roberto Carneiro
Em pleno século XXI, ao falar de televisão, estamos obrigatoriamente a falar de educação.
Durante bastante tempo a exposição à televisão foi considerada como uma actividade passiva, a qual não proporcionava qualquer tipo de aprendizagem às crianças, mas agora, devido à motivação e interesse das crianças e jovens pela televisão, existe uma maior consciência relativamente às potencialidades educativas da TV. Para alcançar o sucesso no processo de aprendizagem, “o prazer e o gosto são fundamentais” (Fernanda Botelho, 2007).
A Educação para os Media implica que as audiências tenham a capacidade de analisar e avaliar as mensagens transmitidas pelos Media, tenham a capacidade de saber distinguir a realidade e as múltiplas formas que esta possa assumir.
Segundo Fernanda Botelho (2007), “esta educação deverá assentar no desenvolvimento das capacidades activas das audiências orientando-se para o desenvolvimento das suas capacidades de selecção, de avaliação e de julgamento crítico.”.
A didactização dos programas da televisão em sala de aula, permite um maior interesse por parte dos estudantes, fazendo com que estes se tornem mais participativos, originando assim um maior aproveitamento escolar por parte deles. Ao estarem a ver televisão, os estudantes abstraem-se do ambiente “Escola”, ficando assim mais à vontade para participar e aumentando os seus conhecimentos sem sequer se aperceberem. Além disso, possibilita os processos grupais, o que permite às crianças fortalecerem sentimentos de aceitação e de pertença e que se exponham e interajam com os outros colegas.
Outra vantagem também bastante importante na utilização da TV nas actividades curriculares é o facto do contacto da criança com o mundo televisivo permitir-lhe ter acesso a vários tipos de narrativa (documentários, telejornais, reportagens, ...) e, ao mesmo tempo, desenvolver e enriquecer a sua linguagem.
Em suma, a Educação para os Media, concretamente para a televisão, é indispensável nas escolas, visto que os Media estão constantemente presentes nas vivências e no quotidiano dos estudantes, a escola deve intervir de modo a capacitá-los para a tomada de decisões e escolhas mais acertadas relativamente aos conteúdos televisivos visionados.
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